Interagindo:|| Local: Arena|| Saúde: 100% || Status: Outra bebida seria bem-vinda || Extras:
Lavava as mãos em um riacho que encontrara, o sangue corria pelo fluxo da água cristalina e Kayn pensava num jeito de achar o tessaract, estava longe de achar seu objetivo e isso era ruim. Pegou seu cantil de dentro do casaco e o encheu com água fresca, depois de guarda-lo subiu o lenço sobre sua boca e não demorou em sair desse lugar. Havia marcas de tiros nas arvores e pedras, não parecia ser um lugar seguro ali.
Algum tempo após uma longa caminhada ouviu passos, cautelosos, mas ainda sim barulhentos para seus ouvidos treinados. Não parecia ter muita segurança em sua andar, como um animal ferido. Sacou uma de suas armas e fora atrás, podia ser um dos soldados feridos, e ele adoraria terminar o serviço.
Esperava encontrar qualquer coisa atrás da pedra, menos uma glacinata ferida. Seu dedo paralisado no gatilho não o deixou disparar no susto. Quase engoliu em seco ao reparar na flecha apontada para sua cabeça. Ela era rápida, admitia.
~~
Após sua pequena troca de palavras com a mulher, Kayn optou pelo caminho oposto, parecia ser a melhor opção no momento. Observava bem a vegetação ao seu redor, conhecimento da área era importante em seu ramo de trabalho.
Ficou encarando uma árvore torta com alguns cipós por alguns segundos e já sabia o que faria. Subiu na arvore sem dificuldades e com a ajuda de sua adaga cortou um longo pedaço do cipó esverdeado. Cortou mais um pedaço longo e amarrou um no outro com um forte nó.
Fez uma amarração simples em uma das pontas e a colocou no chão, cobriu com algumas folhas caídas, nada que deixaria aquela pequena área diferente do resto do solo. Com o auxílio de outra árvore e uma pedra pesada o suficiente conseguiu completar sua armadilha. Certo, não era grande coisa, pois seus aparatos de caça não estavam com ele então tinha que improvisar. Porém, serviria por hora.
Voltou no caminho que tinha passado e fez questão de deixar claro suas pegadas e marcas de que alguém tinha passado por ali, como se formasse um caminho de pistas.
Escondeu-se em uma das copas, como seu ataque anterior. Sabia que eles lhe alcançariam, estavam o procurando nesse exato momento, ele só tinha que ser paciente para esperar passarem por ali.
Depois de mais ou menos uma hora pôde ouvir o barulho da tropa se aproximando, pareciam muito agora. Mais que a metade que tinha enfrentado. Isso o deixava um pouco preocupado, mas não que fosse um problema.
Estavam cada vez mais perto, e com satisfação vira que sua armadilha tinha sido eficiente. Um dos homens de branco ficara suspendido e largara sua arma no susto. Seus companheiros apontaram suas armas para a direção do homem, e para cima. De costas para Kayn.
O caçador aproveitou a deixa e jogou uma pequena granada de seu acervo, um presente especial de um de seus amigos. Abaixou-se para se proteger da explosão que pegara os soldados desprevenidos. Depois do impacto se dissipar e o fogo subir, Kayn pegou suas duas armas e finalizava aqueles que ainda sobravam.
O homem pendurado se movimentava debilmente, tentando se soltar. O caçador fora até ele, em meio aos corpos e fogo. Tirou sua máscara e o encarou por alguns segundos.
– Você parece um cara inteligente, deve saber onde esta o Tessaract. Pegou seu cantil de água e tomou um gole e guardou antes de prosseguir. Podia colaborar comigo e me dizer onde eu posso encontra-lo.
Esperou por alguma resposta em vão, o soldado tinha uma expressão de nada, completamente impassível como um boneco. Kayn suspirou e deu de ombros.
– Talvez você não seja tão inteligente assim... E com um movimento rápido atirou no peito do homem.
~~
Pelas suas contas ainda falta um inimigo para combater, e duvidava que a Aliança fosse boazinha com eles e lhe só lhe dessem mais um cara de branco. Seja o que fosse ele tinha que se preparar.
Conferiu o perímetro de uma clareira, checando que não encontraria surpresas por ali e depois de achar tudo ok, alcançou um pequeno saco de couro, o abriu e começou a fazer um círculo no chão terroso com o pó escuro.
Gravou em sua mente os caminhos possíveis até aquele local, e continuou mata adentro.
Alguns minutos mais tarde encontrou um brilho azulado sendo emitido ao alto de uma estrutura de madeira. Duvidava que aquilo não fosse o que estava procurando.
Foi em sua direção em passos rápidos até perceber que não estava sozinho, um ser enorme vinha até Kayn correndo em alta velocidade até chocar-se contra ele. Sentiu que voou alguns metros até bater contra um tronco. Tossiu e com dificuldade pôs-se de pé, cuspiu uma quantidade considerável de sangue, com a força do impacto seus dentes acabaram por morder dentro de sua boca.
Só esperava que nenhum órgão importante tivesse sido estraçalhado nessa brincadeira. Sacou suas armas e atirava contra... O que era aquilo? Um ciclope achava. Tinha uma armadura pesada de ferro que bloqueava seus tiros certeiros.
Como a cabeça também era protegida por um capacete de gladiador, Kayn atirou nas pernas, o ciclope caiu com um urro asqueroso, porém não tardou a levantar. O caçador corria entre as árvores, e o ser monstruoso o perseguia ignorando as balas em suas pernas.
O ciclope carregava um machado que era do tamanho de Kayn, e o atirava contra o mesmo, porém como era ágil o homem rapidamente desviava. O ciclope pegava o machado de volta e tornava a persegui-lo.
Kayn disparava alguns tiros enquanto corria, prendeu as armas nos coldres e com saltos ordenados subiu em uma grande arvore, foi até o galho que estendido sobre o caminho que fizera e rapidamente quando o ciclope passou por baixo dele, se jogou contra o mesmo, e com um chute conseguiu tirar o capacete.
O ser gigante parecia ainda mais irritado, pegou uma das pernas de Kayn e o jogou metros a frente. O caçador levantou rápido e chegou à clareira que queria. Seu inimigo vinha logo atrás, urrando maldições para o humano.
Kayn se posicionou bem no centro do circulo que fizera mais cedo, por sorte o ciclope não percebeu o pó escuro. Ele podia ser forte, mas não era muito esperto.
Quando o ciclope se encontrava dentro do círculo Kayn pegou uma de suas armas e atirou contra o chão, e logo chamas enormes tomaram conta do círculo, seu pozinho mágico, também conhecido como pólvora nunca decepcionava.
O ciclope ficou visivelmente assustado com as labaredas que se fechavam ao seu redor, o caçador aproveitou seu momento de distração e correu para suas costas e o escalando conseguiu chegar até sua cabeça, pegou sua adaga e com um grito que rasgava sua garganta perfurou o único olho da criatura. O esfaqueou diversas vezes até que o ciclope caíra de joelhos e por fim, morto.
Kayn respirou fundo e limpou a lâmina em sua calça, protegeu seu rosto com os braços e com um pulo saiu do fogo que ele mesmo fizera. Foi sem pressa até o Tessaract e com o mesmo em mãos se dirigiu para a direção de onde o portal tinha se aberto.