Meninas tive de criar uma personagem para substituir uma outra de uma jogadora que entretanto desistiu da RPG e que só tinha postado informações do 1ºcenário. A personagem que criei é horrivel ah ah Não pretendo que ela fique muito tempo na RPG, mas acho que irá ser bom para ter alguns confrontos com outras selecionadas (nada de confrontos físicos apenas conversas).
·•· Data: Sexta, 26 de Abril ·•·
·•· Local: Casa | Departamento de Serviços Provinciais ·•·
·•· Interacção: -- ·•· Acordei com uma enorme dor de cabeça e só me apetecia era voltar a dormir de novo. Mas não podia. Tinha de ir trabalhar para conseguir o maldito dinheiro para comprar os tecidos para os vestidos e os acessórios que conseguia no mercado. Olhei para o despertador que tocava incessantemente e atirei-lhe um sapato acima, respirando de alívio quando finalmente se calou.
— Porcaria de despertador! – Resmunguei para mim própria. Levantei-me da cama, sentei-me e coloquei as mãos no rosto.
— Não me parece que o despertador tenha alguma culpa do teu estado. Levantei a cabeça ao ouvir a voz da minha irmã, que estava parada à minha porta com um tabuleiro com comida na mão. Se é que se chamava comida aquilo, um bocado de pão e um copo de leite.
— Que é que fazes aqui? Não devias já ter ido trabalhar?! – Perguntei irritada. Não percebia porque ela insistia em vir aborrecer-me logo pela manhã.
— Alguém não acordou muito bem disposta, novamente... – Disse a última palavra com um suspiro forte, com o tom que se utiliza quando se fala com uma criança.
— Por acaso acho que sei de algo que te vai animar! – Dulce deu-me um enorme sorriso e retirou do bolso do seu avental um envelope perfeito que continha o selo real.
Nem esperei para que ela dissesse mais uma palavra. Levantei-me e arranquei-lhe bruscamente a carta das mãos.
— Eu sabia! Eu sabia que ela iria chegar dentro em breve! – Murmurei, mais para mim própria do que para a minha irmã. Olhei de volta para ela e deitei-lhe um olhar que indicava claramente que queria estar sozinha. Dulce ainda hesitou, possivelmente curiosa com o conteúdo da carta, mas depois, provavelmente com receio de mais um ataque de fúria meu, foi-se embora.
Finalmente sozinha analisei o conteúdo da carta. Era a Selecção! Senti-me nas nuvens! A Rainha America e o Rei Maxon tinham decidido que os seus lindos rebentos já poderiam escolher uma noiva e obviamente que não iriam desiludir a nação e por isso decidiram fazer uma dupla Seleção. Quem poderia querer melhor? Agora só tinha de conseguir entrar no estúpido concurso e fazer com um dos tontos dos príncipes se apaixonasse por mim e poderia ter finalmente a minha vingança!
Levantei-me e fui espreitar à porta para ver onde a minha irmã e o Jonh, seu marido tinham ido. Não ouvi barulho por isso supus que já tivessem ido trabalho. E por isso pus mãos à obra. Fui até à sala, peguei no telefone e disquei os números de telefone. Aclararei a garganta e preparei-me para o meu tom de voz doce. Do outro lado da linha atenderam ao fim de três toques.
— Bom dia, fala Kriss Ambers! — Oh Kriss! Bom dia! Que bom que estás em casa! – O meu entusiasmo era real, apesar do tom doce não ser de todo meu. Eu adorava realmente a minha prima e tinha muita pena que a vida tivesse feito com que mal nos pudéssemos ver, já que tínhamos vidas tão diferentes.
— É a Cristina que fala. – Acrescentei, quando vi que ela não me reconheceu.
— OMG! Cristina! Há quanto tempo não falamos prima! – Senti a alegria na voz dela. Eu sei que sempre fui a sua preferida.
— Querida Kriss, desculpa estar a incomodar-te tão cedo, mas é que recebi a carta acerca da Selecção e bom...não pude deixar de te ligar! — A sério?! Oh céus, tu já tens idade para concorrer? – Ela pareceu surpreendida. Não é que eu estranhasse, afinal, a última vez que tínhamos estado juntas eu tinha 12 anos, quando a minha irmã decidiu casar com aquele...zé ninguém da casta 4.
— Sim! Já vou fazer 17 anos daqui por dois meses. – Respondi de forma orgulhosa. E preparei-me para dar o meu primeiro golpe de manipulação.
— Bom e o problema...é que fiquei realmente nervosa. Eu...quero muito inscrever-me sabes? Eu adoro o... – Oh Bolas, qual era mesmo o nome daquele tótó do principe?
— ...Andrew! Estou tão apaixonada por ele sabes? – Tentei que a minha hesitação no nome parecesse que estava com vergonha de dizer o seu nome, para que ela não desconfiasse.
— A sério? Oh pequena e doce Cristina, mas isso é perfeito! — Achas que deva inscrever-me? – O tom de voz foi ficando cada vez mais inocente.
— É que eu tenho tanto medo de não ser escolhida... e de apanhar uma grande desilusão. – A minha voz começou a tremer, sinal de lágrimas de tristeza. Por vezes até me conseguia surpreender a mim própria, por ser tão boa actriz!
Kriss ficou sensibilizada com a minha suposta paixão pelo princípe Andrew e assegurou que iria falar com a Rainha America para que ela considerasse seleccionar-me. Elas tinham ficado amigas, apesar de tudo o que America lhe tinha feito...E eu sabia que Kriss iria dar-lhe uma imagem de mim, de perfeição, doçura e amizade, que iriam fazer a Rainha escolher-me para o seu amável príncipe.
Desliguei o telefone com um sorriso de vitória no rosto, após ter-me despedido de forma muito entusiasmada de Kriss. Ela por vezes era tão ingénua! E decididamente, muito fácil de dar a volta. Agora só faltava ir inscrever-me para que tudo corresse bem.
************* Segui para o Departamento de Serviços Provinciais depois de ter estado duas horas a arranjar-me. Hoje não queria saber do trabalho. A Dona Gertrudes que aguentasse mais um dia sem a sua roupa! Por agora ela assentava mesmo muito bem no meu corpo. Sorri ao pensar em tudo o que já tinha alcançado só pelo facto de usar as roupas das minhas clientes. As festas, os eventos...os contactos que tinha feito. É claro que isso fez com que tivesse de estar sempre a mudar de visual, até já tinha perdido a conta a quantas vezes tinha pintado o cabelo. Mas sempre que queria passar despercebida pintava-o da cor que estava agora: preto.
Após ter estado três horas na fila, consegui entregar o meu formulário e ser fotografada por uma mulher robusta que tinha todo o ar de estar aborrecida com tudo aquilo. Tentei dar um ar atrevido à foto, mas ao mesmo tempo garantir que seria suficientemente inocente para que a Rainha America quisesse escolher-me para o seu adorado filho.
Última modificação feita por sangel (11-08-2015, às 07h04)