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Olá gente linda! Aqui vos trago minha nova Fic….espero que gostem!
Eu pessoalmente gostei mais desta do que da anterior. Mas vamos comparar, a outra foi a primeira que fiz, sem experiência, sem muita motivação, sem noção de como fazer….muitos prós e contras então fica aí essa!^3^
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Romance
Fantasia
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Regras da secção:
LEMBRETE DE REGRAS IMPORTANTES:
★ Escolha o tópico correto (não são permitidas mensagens sem relação ao tema do tópico)
★ Sem assuntos "sensíveis"
★ Sem flood ou propaganda (mensagens seguidas da mesma jogadora não são permitidas!)
★ Nas RPG's utilize a tag quote para #off topic
★ Nas Fan Fic's faça comentários construtivos (2 a 5 linhas por mensagem).
★ Imagens no tópico: altura máxima 200 pixeis (ou devem estar em "spoiler")
★ Comporte-se! Sem conflito nos tópicos. Utilize a mensagem privada para resolver problemas.
★ Preste atenção e respeite os avisos dos moderadores!
★ Por favor, leia com atenção as regras gerais do fórum e as regras da seção para mais detalhes.
Minhas regrinhas:
Por favor façam caso das regras acima!
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Sinopse
Uma menina nascida no séc.XVI assiste a uma catástrofe que mata os seus pais e arrasa com a cidade. Ela vai viver para o campo onde reside numa casa modesta mas bem bonita. Cresce lá aprendendo a tocar piano que foi a única coisa que ela salva da catástrofe. O país entra em guerra e todos os rapazes de famílias nobres têm de defender a cidade das ameaças. Certo dia ela encontra um desses meninos ferido e o cura em casa….o que acontecerá depois?
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Dica: Queres fazer uma obra literária (kkk obra literária mds kk)mas não tens boas ideias e necessitas de uma boa fonte de inspiração que esteja ao teu alcance.
Pois basta abrires o teu browser e procurares Youtube. Depois é só ouvires uma música que te agrade e que te ajude a pensar, em poucos momentos estarás a escrever rapidamente!
Juntas o útil ao agradável!
Música na qual me inspirei
Também me inspirei no anime “Pandora Hearts”, basicamente…esta Fic é a história (inventada por mim) do passado do anime.^^
Dicas da Tia Kat!^3^
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Cap.I “A catástrofe”
No séc.XVI o mundo estava em paz.
No dia 7/1 de 1595 uma menina nasce numa família abastada e de bens chamada de Lacie.
Ela era o orgulho da família, uma menina bonita, inteligente, bondosa….o que mais se poderia desejar? Desde pequena sempre teve muitos pretendentes e admiradores que queriam tê-la como esposa. No seu décimo quinto aniversário, ela fez uma festa de maturidade, pois naqueles tempos as crianças passavam a ser adultos aos 15 anos.
Enquanto a festa decorria um grande atentado à cidade estava a ser planeado e posto em prática pela cidade vizinha que queria apoderar-se das terras ricas que por lá havia. Então…no momento em que a menina subia ao altar para fazer o juramento de maturidade a terra estremeceu e uma grande explosão aconteceu no meio da cidade.
Gritos apavorados, pessoas a correr sem rumo, crianças choravam pelas ruas…era este o panorama que se observava da janela do palácio onde vivia.
De repente ouve-se um estrondo vindo do interior do salão…o fogo tinha-se alastrado até ali e já não havia nada a fazer. O caos instalou-se naquela enorme casa.
Ao tentar proteger a filha os seus pais acabaram por falecer queimados pelas enormes lavaredas, ou era o que ela pensava. Chorando incansável, a menina salta pela janela deixando tudo para trás….as recordações ficaram mas o resto queimou inevitavelmente.
Acabou por ficar a residir numa pena casa no meio da floresta que rodeava a cidade em reconstrução. Ficou ali…com a vaga companhia das suas músicas e com os seus amigos animais.
Cap.II “O passar do tempo…”
Passados 3 anos…
Um raio de luz entra pela janela. Abre os olhos lentamente ainda com preguiça…abre a boca e levanta os lençóis.
Corre as cortinas floridas e semisserra os olhos pela luz que refletia no vidro.
Sorri e abre a janela deixando que o vento faça esvoaçar os seus cabelos longos acastanhados.
Veste-se e sai de casa…vaguei-a pelos infinitos campos verdes cheios de flores e de vida. Vai caminhando sem rumo apreciando a natureza que a rodeava a cada passo que dá. De repente, se sente estranha…estava demasiado longe de casa, num sítio que ela desconhecia mas tinha a sensação de já ter estado naquele local antes…À muito tempo atrás….viu uma árvore que lhe pareceu familiar.
Aproximou-se dela, já era uma árvore velha e ressequida, muito alta e que, bem lá no topo, tinha muita folhagem muito verde e nova cheia de animais que habitavam as tocas que lá haviam…ouviam-se os passarinhos a cantar.
Passou a mão pelo velho tronco da árvore e deu uma volta em torno dela.
Quando deu a volta avistou uma mansão…andou até lá para ver o que encontrava.
Era uma mansão velha, que já estava em ruinas e parecia que algumas partes da casa estavam queimadas. Decidiu entrar pelo jardim morto, estava tudo encardido e sujo. Entrou na casa e assim que o fez lembrou-se de algo.
“-Gritos…fogo, casa, pais, monstros…o que?Música….!”
Decidiu adentrar por um corredor muito estreito onde viu um quadro cheio de pó…passou lhe a mão para limpar um pouco e exclamou:
“-Pai!Mas o que…?”
Largou o quadro e começou a correr até encontrar uma sala vazia…apenas estava lá um piano negro, mesmo no centro da sala.
Chegou perto dele e tocou uma tecla, mas ela não tocava.
Abriu o piano e encontrou um livrinho do tamanho da sua mão. Era um livrinho já com as páginas amareladas do passar do tempo. Abriu-o e leu umas duas linhas.
Era a música que a sua mãe cantava quando ela era pequena, enquanto a mãe tocava ela dançava neste mesmo chão. Decidiu então acabar a sua breve investigação à casa e levar o piano da sua mãe consigo. Atou uma corda ao piano e passou-o pelo corredor do lado oposto ao outro, que já era mais largo.
Esforçou-se imenso para conseguir levá-lo pela floresta mas conseguiu! Chegando a casa experimentou, mais uma vez, tocar as finas teclas do piano negro. Dessa vez saiu um lindo som…tal como o som que a sua mãe tocava. Abriu o livrinho que viera de dentro do piano e cantou a música que leu.
Enquanto Lacie cantava, um encontro inesperado mas conduzido pelo destino se aproximava dela cada vez mais…
Cáp.III "A Guerra das injúrias"
Enquanto a bela Lacie cantava estavam a ser preparados cavaleiros, estratégias e uma grande guerra que vira a durar séculos.
Alguém bate à porta de madeira muito bem trabalhada.
-Pequeno mestre! Pequeno mestre! Está aí? Está na hora!
-Hummm...já está na hora Miss Jane? Só mais cinco minutos!
Passados 10 minutos...
-PEQUENO MESTRE O QUE ESTÁ A FAZER AÍ DENTRO PELOS DEUSES?!
Glen dá um salto da cama e vai em direção à porta coçando o olho esquerdo com o punho fechado.
-Que horas são?Já passaram 5 minutos?
-Já passaram mais de 5 mitutos meu menino, já são as 9 e um quarto!
-9.15!!Meu deus estou super atrasado porque não me avisou antes Miss Jane?!?!
-Acredite que eu tentei pequeno mestre!
E assim comeuçou o dia de Glen, aquele dia, que mudará o seu futuro para sempre!
Saiu a correr do quarto ainda vestindo a jaqueta bordo. Passou por todas as criadas da casa que o olharam espantadas. Olhavam umas para umas para as outras surpreendidas e ele dizia:
-O que é?! Nunca viram?
Na verdade Miss Jane era a única que o compreendia. Ela tinha tomado conta dele desde que ele tinha 1 ano e sempre tinha brincado com ele e o cuidava como se fosse seu próprio filho. Ela não tinha filho por isso dedicava-se totalmente a ele, Glen Baskerville, 18 anos, e futuro herdeiro de uma das famílias mais ricas do país.
Por fim chegou à sala de jantar onde foi severamente reprimido pelo seu pai.
-GLEN!Onde pensas que vais! Já devias estar aqui à meia hora! Onde anda-te? Ah! Espera, não me digas que estives-te a dormir até agora?ahah como eu já imaginava! Porque te tives-te de parecer tanto com a tua mãe?
não respondeu...não queria ter uma bronca com o pai logo de manhã apesar de ele estar a pedi-las. Limitou a sentar-se de cabeça baixa. Pegoua colher o começou então a comer.
Depois de acabar adnou até
à porta e antes de sair seu pai faliu-lhe.
-Glen! Antes de ires queria dizer-te para te preparares. Vem cá o mismíssimo General Charles e quero que estejas apresentável. Diz a Miss Jane para te preparar ao melhor fato!
E assim foi, Glen disse a Miss Jane o que o pai lhe dissera e ela lá arranjou qualquer coisa. Quando se ouviu os cavalos que traziam o General Charles estava tudo pronto para a sua chegada. As criadas receberam-o amavelmente conduzindo-o até ao escritório onde se encontravam Glen e seu pai. Então começaram a conversa.
-Bem..-tossiu um pouco--Vamos então falar de coisas de interesse. Como deve saber estamos em tempos críticos, tempos, mais especificamente, de guerra! Como deve calcular eles não desistirão tão facilmente. Infelizmente muitos homens morreram e estamos a precisar de ajuda, neste momento temos a difícil tarefa de recrutar jovens para batalhar pelo seu reino. Dito isto penso que já sabe o porquê da minha visita...
-Sim Charles...já sei a que se refere. Glen com toda a certeza participará dessa essa guerra. Com todo o gosto certo Glen?
-Nem pensar! Não quero ir a essa estúpida guerra! Isso é para os fracos e aqueles que não têm mais nada que fazer!
-Ai é? E o menino tem muita coisa para fazer? Coitadinho, diga-me lá o que o mantém ocupado?
Gozou o pai irónico. Glen grunhiu ao comentário.
-Humf! Já disse...não penso ir a essa guerra de tolos!
Então, o pai levantou-se foi até à porta e chamou Miss Jane para levar Glen até o seu quarto e não o deixar sair de lá até à hora do jantar. Nesse tempo Charles e o mestre Baskerville assinaram um contráto de como Glen participaria da guerra. Com muito pesar dele claro.
Então uma manhã o mensageiro real veio convocar Glen para a guerra. Os atentados tinham começado, os tão esperados atentados! E assim foi...Glen vestiu uma armadura e foi a cavalo para as ruas da cidade onde se travava uma batalha. Mas muitos dos seus homens morreram, ele estava ao comando, não tinha maturidade suficiente para liderar um bando de cavaleiros...o que diria o seu pai sobre isto? Ele o Mestre Baskerville o famoso guerreiro da capa negra?
Então uma flecha inesperada acertou o belo cavalo branco que Glen montava. Este cai no chão seguido de Glen que fica ferido no braço. Este então começa a correr acompanhado dos seus homens, aqueles poucos que sobraram. Ele vai agarrando o braço e fugindo como um covarde, mas que mais pode ele fazer? Naquelas condições, não pode arriscar perder mais homens! Não...tem de recuar por muito que lhe custe! Enquanto estes pensamentos lhe vagavam pela cabeça ia pragando.
-Aquele desgraçado! Obrigou-me a vir parra aqui e olha só agora como estamos!!
Mas a certa altura ele olha para trás e vê que não vinha ninguém atrás dele. Onde eles estariam? Será que não não se tinha apercebido que tinham seguido outro caminho?
O pior é que agora não sabia onde estava, não! Para piorar estava perdido! Não podia acontecer nada pior?
Vagou por 3 dias pela densa floresta até que, como já não comia à muito tempo acabou por desmaiar. Ouviu a voz de alguém que gritava "Acorda!" mas apenas conseguiu ver uma borra de cores e depois caiu no sono de novo.
Continua...
Cap.IV "Um início?"
Abriu os olhos lentamente...o sol já dava sinais de "vida" entrando por uma pequena abertura na janela. Ainda com a visão embaçada e com a cabeça a latejar olhou em redor e foi o suficiente para soltar um fraco "Onde estou?". Glen sabia que aquele não era seu quarto e bem lá no fundo agradecia por não o ser.
Era uma divisão pequena mas muito acolhedora com móveis feitos em madeira de um castanho claro, flores que adornavam cada canto daquele lugar mas o que mais lhe chamou à atenção foi um grande piano negro localizado no centro do quarto. Ficou o observando por um tempo até ser "acordado" por uma voz feminina.
-Gostas do piano?-
Ele tentou pronunciar um sim mas não conseguiu então apenas acenou com a cabeça afirmativamente. Ela aproximou-se com uma expressão preocupada e colocou uma xícara de chá sob a mesinha de cabeceira. Com a sua ajuda Glen conseguiu manter-se sentado na cama bebendo o líquido enquanto ela tratava os ferimentos que ele apresentava em diversas partes do corpo. Uma ou outra hora ele se queixava pela dor que sentia mas logo passava até que pegou o sono novamente.
Não sabe por quantas horas dormiu mas quando acordou de novo o céu já estava escuro, ao que parece já era de noite. Estava olhando novamente para o piano e afundado nos seus pensamentos quando mais uma vez é obrigado a voltar à realidade. Desta vez por algo que de momento o deixou surpreso mas nem fez questão de questionar. A garota que havia visto de manhã estava agora deitada a seu lado na cama dormindo parecendo não ter nenhuma preocupação.
Ele ficou a observando enquanto dormia...parecia um verdadeiro anjo de olhos fechados.
Demorou um tempo para adormecer outra vez mas acabou por ceder.
~Quebra de tempo~
Foi acordado na manhã seguinte, mas desta vez o culpado não era o sol nem o barulho dos pássaros, era um barulho muito mais melodioso...era o som de um piano!
Quando conseguiu abrir os olhos totalmente sua atenção se focou no piano e no ser que o tocava com os seus dedos finos e ágeis. Agora com a visão sem estar embaçada ele pode reparar em cada detalhe que antes não notara...ela era realmente bonita. Com os seus cabelos lisos e de cor marrom, lábios finos que esboçavam um sorriso inocente que transmitia calma e paz, olhos vivos e brilhantes que por sua vez, pareciam querer comer o mundo, seu tom de pele pálida mas que lhe davam um ar ainda mais angelical e a aura pura que transbordava dela. Enquanto a observava dedilhar as teclas brancas e negras com tanta calma não conseguiu conter um sorriso que se formou em seus lábios. Porém a música acabou e ela caminhou até à cama se debruçando sobre ela.
-Parece que por fim acordou!-falou com um tom doce sem deixar o sorriso de lado.-Como se sente?
-Muito melhor, obrigado!-sua voz havia voltado, sua visão também e os seus ferimentos já quase não doíam.
Ela sorriu mais uma vez e foi em direção a uma porta desaparecendo atrás dela mas voltando logo em seguida com um prato de sopa e uma colher em mãos. Ela estendeu-lhe a comida e então Glen comeu como se fosse a primeira vez em 15 anos algo que a fez soltar uma gargalhada.
Depois disso eles ficaram conversando por um bom tempo e ele acabou por explicar-lhe o que tinha acontecido e que era na verdade o filho de um conde rico e respeitado pelo país inteiro. Ela sem saber como reagir a tudo o que o moreno lhe contava apenas acenava e faziam alguns ruídos como resposta.
-Quer dizer que eu estou a conviver com uma das pessoas mais importantes do país e não sabia!? Como devo tratá-lo? De senhor Baskerville?! Mestre, lorde?-perguntava ela preocupada e envergonhada pois se soubesse tinha sido muito mais educada e cortez...apesar de nunca ter sido o contrário.
Glen logo a acalmou dizendo que não precisa estar assim tão estressada por algo tão fútil.
-Glen...chame-me de Glen apenas.-disse dando um sorriso fraco.
Na verdade ele apenas queria ser tratado como uma pessoa normal que era e não como o menino rico do papai. A garota pareceu perceber isso e apenas aceitou sem mais perguntas.
Passaram uma tarde animada falando sobre qualquer coisa como se se conhecessem desde sempre. Nem viam as horas passar mas o tempo não para e ambos sabiam. Prova disso foi o anoitecer e a súbita falta de luz do Sol que os obrigou a acender o o candeeiro a óleo da casa. Os dois deitaram-se e já pareciam estar à vontade com a presença um do outro e nem se importaram em dormir juntos novamente nessa noite.
Porém mesmo estando melhor e as feridas já estarem quase saradas Glen não conseguiu dormir nem depois de 2 horas em claro o sono não pegava...ele se remexia e fechava os olhos como forçando-os a ficarem assim até de manhã mas estes pareciam não o obedecer e novamente se encontravam abertos observando a escuridão que se instalara. Por vezes olhava para a menina adormecida ao seu lado com ganas de continuar a ouvir a sua voz mas sabia que não podia acordá-la só porque não conseguia dormir e precisava de falar ou porque queria ver o seu sorriso inocente em seus lábios finos...isso seria egoísta demais.
Mas enquanto esses pensamentos davam a volta à sua cabeça ela tinha acordado. Isso mesmo, e como se pudesse ler os seus pensamentos ela sorriu e falou:
-Não consegues dormir?-ele acentiu com a cabeça.-Nem eu.
Parecia-lhe ser o seu dia (ou talvez noite)de sorte e inconscientemente fez-lhe um pedido.
-Tocas para mim?-depois disto ele apenas considerou a sua pergunta e estranhou a saudade que sentia da melodia e do som do piano quando ela o tocava.
Ficou surpreso quando ela apenas sorriu e se levantou indo em direção ao grande instrumento no meio do quarto. A janela estava entre-aberta então a luz da lua iluminava vagamente a figura negra do piano e a silhueta da menina sentada no banco.
Quando ela começou a tocar ele sentiu-se relaxado e com uma paz interior que o deixou mais leve. Como se isso não bastasse ela começou a cantar com aquela voz que o fazia flutuar e viajar num mundo distante e sem perceber ele já havia adormecido.
CONTINUA...
Cap.V "Talvez seja apenas um dia normal"
E mais uma vez, Glen acorda naquela cama de madeira, numa manhã bem ensolarada, no quarto onde adormecera. Observa tudo ao seu redor, está como antes de ter caído no sono. Então começa com a contagem de presenças importantes…
Causa do seu sono (o piano) – Presente Link da imagem externa
Ficou indignado por não ter mais nada para adicionar na sua lista de coisas importantes naquele momento. Mas ele sabia que quando pensara, não estava tão vazia a tal lista. Faltava algo…o causador!
Faltava ela, não estava lá. Ele ainda pensou na possibilidade dela estar na cozinha mas logo afastou essa hipótese já que a casa era tão pequena que ele conseguiria ver qualquer pessoa que estivesse na outra divisão. Não quis ficar parado, iria procura-la, e se algum mal lhe acontecera? E se algum dos inimigos o tivessem localizado e a capturaram? Ou até mesmo o seu pai, louco como era poderia muito bem tê-lo encontrado e aproveitado a presença da garota para a tornar escrava, isso seria algo terrível!
Sem pensar mais nisso levantou-se rapidamente da cama onde passara os últimos 4 dias e a primeira coisa que fez foi deixar-se cair. As suas pernas fraquejaram, fazia tanto tempo que não as exercitava que parecia já não saber andar. Para além de que os ferimentos ainda doíam um pouco. Mas isso não foi escusa que impedisse Glen de abandonar a casa e sair à procura da moça.
Outra das coisas a que ele estava desabituado era à luz do Sol a bater-lhe na cara. Apesar de seus olhos lacrimejarem um pouco ele conseguia ver claramente aquele verde tão vivo tal como azul no céu semelhante, poderia afirmar que era idêntico (se parasse de “chorar”), com o do quadro que ele pintara num dos seus poucos dias de tédio (se soubesse que poucos desses viriam teria aproveitado mais o seu tempo) e que hoje estava no quarto dele. Ele pode sentir a brisa a atravessar seu corpo com facilidade e rapidez mas tão mansamente como se apenas lhe fizesse uma carícia. Ele sentiu por fim o cheiro do Sol, das plantas, de tudo e então também conseguiu ouvir aquilo que tanto o fazia sonhar.
A sua voz
Era algo que o acalmava tanto, o embalava como uma música de ninar e, então, sem pressa deixou-se ser guiado pelo doce som e entrou na floresta. Depois de percorrer por um longo trecho já estava ofegante. Nunca pensara que em apenas 4 dias de descanso suas pernas se atrofiassem tanto. Mas nem tudo fora em vão. Lá estava ela!
Cantava como se quisesse declarar-se e fazer com que essa pessoa ouvisse mesmo estando longe, provavelmente tão longe que derramava lágrimas enquanto avançava na melodia. Quando por fim acabou, encarou o rapaz. Já não chorava e não havia indício de que antes o havia feito. Indicou que iria levantar-se do pequeno rochedo onde estava sentada mas mesmo quando estava a dar início a tal ato recuou, deu-lhe (a Glen) as costas por um momento e agachou-se o suficiente para agarrar uma pequena cestinha que estava apoiada no chão ao seu lado. Então pode caminhar até ele. Com os cabelos soltos, livres para serem abordados pelo vento sem piedade. Seu vestido também balançava…este era branco, transbordando tanta pureza que poderia cegar todos os pecadores, até ele mesmo. Por fim parou frente a ele:
-Porque estas aqui?- inconscientemente deixou escapar um pequeno sorriso. Afinal, ela o tratara como um amigo e sem muitas cortesias.-De que ris?
Perguntou indignada, ao que ele simples respondeu.
-Trataste-me por tu.- ela corou levemente e desviou o olhar por uns segundos antes de se pronunciar parecendo incomodada.
-Bom….não interessa. Não respondes-te à primeira pergunta.- o garoto olhou para o céu antes de responder.
-Hmmm, talvez só quisesse andar e sentir o Sol, ou então por não ter nada melhor para fazer.- claro que mentiu, não lhe podia dizer que enquanto estava fazendo a contagem das presenças sentiu a falta dela e ficou preocupado! Isso seria vergonhoso demais e como é de se esperar, motivo de graça para a garota.
Ela apenas assentiu um pouco desconfiada e se colocou ao seu lado olhando na mesma direção que ele. Glen não resistiu e teve de dar uma espreitadela na moça. E meu deus….como era bonita! Muito mais do que todas aquelas duquesas e marquesas que o seu pai lhe apresentara. Estava perdido admirando sua beleza quando ela decide falar:
-Não é bonito?
-Sim mui…..quer dizer, o que é bonito?- perguntou atrapalhado. Quase lhe dissera como era bela, com certeza que ela ficou a pensar que era idiota.
-O rio! O que mais poderia ser?- pareceu confusa. Então Glen se dignou a olhar para a frente com olhos de ver e então notou o pequeno riacho que corria serenamente como se para ele o tempo fosse apenas algo irrelevante. As águas eram tão cristalinas que podíamos ver o fundo com total nitidez. Era algo magnífico!
-Oh sim muito bonito!
Ela sorriu com nostalgia. Por momentos pensou que esta iria chorar, mas não o fez. E sem ele precisar perguntar nada ela própria comentou.
-Era aqui que eu vinha quando era pequena e precisava de ficar um tempo sozinha, afastada de tudo.- então ela não tinha vivido sempre ali? Naquela casa no centro da floresta? Pois quem precisaria ficar sozinho quando vivia num lugar daqueles, tão silencioso que chegava a doer? -Mas isso já foi há muito tempo.
Ela mesmo permanecendo com aquele sorriso transparecia tristeza nas suas palavras. Percebendo o clima tenso que já se formava, Glen tentou mudar de assunto.
-E tu? O que fazias aqui sozinha?- por fim o encarou novamente, estava pensativa.
-Acho que só precisava pensar, em qualquer coisa e estar perto da calma deste lugar. Ah e também porque tinha de colher estas ervas para curar as tuas feridas e fazer um pouco de sopa.- disse levantando a cesta que ainda pendia da sua mão ao nível do peito para que ele pudesse ver.
Lá dentro havia plantas que este nunca tinha visto na sua vida, algumas bem estranhas por sinal. Ficou com medo de ela estar a pensar fazer algum tipo de sopa venenosa ou coisa do género, mas seu sorriso era tão angelical que fiou-se na carinha e acreditou que seria incapaz de fazer algo assim.
”Deus queira que esteja certo.”
~Quebra de tempo~
Por fim, depois de uma tarde bem passada naquele riacho, voltaram para casa.
Estava escuro como o bréu, o céu da noite era iluminado por uma lua cheia e amarelinha que pairava lá no alto, deu-lhe fome. Pensando bem, faziam muito tempo que não comia, talvez desde que saiu de casa. Andaram um bom bocado. Já não se lembrava como fora difícil e cansativo chegar até ela, se calhar esse pensamento era apenas a fome a aumentar.
Depois de muitas árvores conseguiu avistar o sítio que passou a ser o seu lar desde alguns dias atrás. Mesmo escuro ele conseguia admirar a bonita casa de madeira, decorada com flores de todas as cores. Mesmo sem nunca tê-la visto, parecia-lhe familiar como se a tivesse conhecido em algum dos seus sonhos daquelas 4 noites.
Entraram. Ahh…como tinha saudades daquele cheirinho da madeira que lhes fornecia um calorzinho tão bom e acolhedor! Rapidamente ela pousou a cesta na bancada da pequena cozinha e começou a preparar a tal sopa. Também estava com fome pelos vistos, pois demorou muito pouco tempo a fazê-la e ainda demorou menos tempo a comer. Afinal, estava realmente deliciosa…podia ser só a fome que lhe fazia (a Glen) achar tudo muito bom desde que fosse comida, mas ele preferiu pensar que realmente estava boa.
Depois disso ela juntou todas as ervas restantes numa taça mediana e passou a amassá-las fazendo uma espécie de papa. Com as pequenas sobras das plantas, como raízes e até algumas folhinhas, fez um chá que logo colocou num copo, ofereceu-lhe a bebida. Este apenas aceitou e bebeu-a de um gole só. “Nem sabia tão mal assim mas nunca se sabe…”
Quando Glen se deitou ela repartiu a papa de ervas por todos os ferimentos do corpo dele, por vezes queixava-se com algumas feridas que ardiam ao toque dela e contato com a “pomada” mas ela sempre o calava dizendo que era um fraquinho e não aguentava uma coisinha de nada.
Logo que acabou deitou-se ao lado dele. Ficaram um tempo assim, em frente um para o outro, apenas se encarando com um olhar sereno, aproveitando a oportunidade para se olharem atentamente um ao outro como se quisessem memorizar cada pormenor para nunca se esquecerem. Até que ele quebra o silêncio.
-Hoje foi estranho.- ela o olhou confusa em relação ao comentário dele, esse sim tinha sido realmente estranho!
-Como assim?
-Não sei, foi calmo, sem nenhuma agitação sequer…vivi tanta paz num dia só que nem faço ideia de como explicar ….foi simplesmente, estranho.- ela pareceu perceber onde o garoto queria chegar e sorriu.
-Talvez seja apenas um dia normal.- depois desta resposta rapidamente adormeceu deixando Glen pensativo.
Será que isto era o que realmente “dia normal” significava? Se sim então fora enganado durante toda a sua vida. Mas, decidiu deixar isso de lado e dormir.
CONTINUA…
Notas: Se estiverem interessados a música que ela estava a cantar perto do riacho se chama “Hopeless Love” da cantora sul-coreana Jimin Park. Para facilitar deixei o link no texto, basta clicar na palavra melodia que estará numa cor diferente e irão diretamente para a música.
Cap.VI "Passeio, novos sentimentos"
POV. GAROTA
Ouvi um barulho estranho vindo da cozinha, abri os olhos alarmada. “ O que está acontecendo? Alguém nos encontrou?”
Já pensava no pior quando de repente vejo algo preto aparecendo na porta, logo notei que eram cabelos. Cabelos pretos? Só podia ser ele!
Me levantei devagar e andei lentamente até à cozinha sem fazer barulho.
- Então o senhor resolveu fazer travessuras na minha cozinha enquanto eu estou no sexto sono?- perguntei em tom de brincadeira vendo a cara assustada que ele apresentava naquele momento.
Tinha apanhado o filho de um conde em flagrante, assaltando uma geladeira, me senti realizada. Ri quando ele tentou falar mas não conseguiu pelo excesso de comida que tinha na boca.
- Nanana!! Falar com a boca cheia é muito descortês senhor!- continuava o provocando enquanto me aguentava para não desatar na gargalhada.
Ele por fim conseguiu engolir toda a comida para então começar a reclamar como sempre fazia, era tão engraçado pô-lo daquele jeito ele ficava tão fofinho.
- Não me chame senhor…para além disso, eu apenas tinha fome e não a quis despertar do seu “sexto sono”, deveria me agradecer por minha compaixão.- depois disto fechou os olhos e cruzou os braços muito convencido do seu ato “cavalheiresco”.
- Claro, claro…bom, não interessa agora se arrume hoje vamos fazer algo diferente.- disse como quem não quer saber mas bem lá no fundo estava super ansiosa.
Ele me olhou desconfiado, eu via nos olhos dele, estava morrendo de curiosidade e de vontade de perguntar o porquê daquela mudança repentina e onde iriamos. Mas nada disse.
Melhor pois eu pretendia guardar segredo pelo menos até sair de casa pois ele logo saberia onde iriamos quando visse o caminho.
Ele fez o que eu disse, se arrumou…não esse arrumar de estar parecendo um príncipe, até porque ele só tinha uma muda de roupa e ainda não estava 100% curado, mas arrumado no sentido de estar limpo e pronto. Eu também me vesti, levei algo leve, apenas um vestido branco de um tecido fino e bem feminino e no cabelo uma coroa de flores bem simples também.
Saímos de casa e começamos a andar por um dos vários caminhos por entre a floresta. No princípio ele não fazia ideia de onde iriamos mas à medida que nos íamos aproximando ele foi percebendo qual era o lugar surpresa. Algo que foi confirmado assim que chegámos, à cidade.
- A cidade? Sério mesmo?- meu sorriso desapareceu naquele momento, ele parecia não ter gostado muito da ideia.
- Sim, porquê? Não gostou?- perguntei, afinal, se ele não estivesse confortável ali eu também eu não estaria.
- Não, nada disso! Eu apenas acho a cidade um sítio perigoso para alguém que anda desaparecido como eu…- ficou pensativo.- Mas pensando bem…já que estamos aqui porque não nos divertimos um pouco?
E sorriu assim como eu também sorri. Concordei com a cabeça freneticamente, estava realmente feliz por ele tem aceitado a minha ideia sem reclamar. Então lá fomos nós, andámos pelo meio da cidade sem um rumo certo. Cada loja que víamos entrávamos e eu já queria comprar o estabelecimento inteiro, porém, também não queria chegar à falência então isso era um problema bem grande. Na verdade desde que aconteceu aquele desastre na minha família que eu não passava um dia de compras na cidade, quando ia era apenas para comprar carne e outros alimentos, nada do outro mundo.
Apesar de tudo tem algo que eu quero referir…
!ELE NÃO SABE DAR SUA OPINIÃO A UMA MULHER INDECISA!
Sempre que eu pergunto se algo me fica bem ele diz sempre que sim, a tudo (!) mesmo que seja algo extremamente horrível! Como se nota que nunca foi às compras com uma menina, ou talvez, que nunca foi às compras!
Mesmo com tudo isto, acabamos por passar bem o dia, comprámos muitas coisas, comemos bem e agora estamos sentados na esplanada de um café, digamos…de uma taberna.
- Onde você arranja tanto dinheiro?
- Digamos que eu tenho as minhas reservas. - falei simplória. Na verdade aquele dinheiro era todo da fortuna da minha falecida família, mas claro que eu nada diria.
Acho que não fui suficientemente convincente pois ele semicerrou os olhos na minha direção como se estivesse procurando as respostas no meu olhar, mas logo sorriu.
- Ok então, o importante mesmo é não ficar a dever não importa de onde veio o dinheiro.- pode não parecer mas essa frase realmente me libertou da tensão.
- Exato senhor!- ri enquanto ele revirou os olhos.
Quando acabámos de comer fizemos o caminho para casa. Ambos estávamos mortos…tinha sido um dia muito cansativo. Nos arrastámos até chegar ao centro da floresta que era onde se encontrava a construção feita de madeira e rodeada de lindas e coloridas flores.
--------Quebra de tempo--------
Já estava escuro, era noite, a lua pairava no céu e o único ruído que se ouvia lá fora era o dos grilos. Pirilampos brilhavam rente ao chão roubando um pouco do encanto da lua, estava tudo tão bonito, tão perfeito…talvez este finalmente pudesse ser o meu novo recomeço. Eu sentia algo estranho, algo que nunca tinha sentido em nenhuma outra situação. Era algo em meu peito que não conseguia parar de encher meu coração, como se a qualquer momento eu pudesse explodir. Você já teve esse sentimento alguma vez?
Se nunca teve então não sei porque espera! Vá! Se apaixone, pela natureza, pelo brilho do sol, pela escuridão da noite, pelo barulho do vento raspando nas folhas! Vá e se apaixone pela vida, algo que eu, desde que conheci este homem, aprendi a fazer!!
CONTINUA…
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Bem pessoas lindas aqui fica um presentinho para quem leu, acompanhou ou ainda está a ler e gostou!
PRESENTINHO!
Obrigada por ler!
E não esqueça de deixar seu comentário com dicas construtivas ficaria agradecida!
Beijo da Kat!^3^
Última modificação feita por katycqa (07-07-2017, às 13h26)