Nora Grey
As meninas pareciam muito simpáticas. Gostei delas. Uma delas até se ofereceu para ajudar a Vee.Dei sorte.Eu avisei para Vee não trazer tantas malas, mas ela é teimosa e como não iria conseguir carregar tudo sozinha iria sobrar pra mim.
-Ah eu sou do grupo 1. Ela também.-disse apontando para Vee.
Nós acompanhamos as meninas até os quartos e depois nos separamos.

Vee Sky
Que bom que a Sophie me ajudou, porque a Nora, que se diz minha amiga, nem perguntou se eu precisava de ajuda. Mas não tem problema, ela estava ocupada com as coisas dela.
As meninas nos guiaram até os quartos e depois nos separamos.
Por sorte o quarto da Nora era do lado do meu. Qualquer coisa era só bater na porta do lado.

Testar as minhas habilidades?!!

- Ás vezes ser mais pequena que os outros tem as suas vantagens. Eu encontrei algumas dessas vantagens no boxe!- disse encarando o chão, é eu tenho muito essa mania de ficar encarando o chão

De certa forma este rapaz intriga-me, parece ser tão descolado, um rufia como diria a dona do orfanato, mas daí falamos com ele e ele é assim...boa pessoa.
Sinto-me culpada por tê-lo tratado mal. Afinal ele foi a primeira pessoa com quem eu consegui ter uma conversa depois daquele dia. Eu realmente me sinto mal.
  Parei, agarrei no seu braço com um pouco de dificuldade por causa daquelas malditas roupas, fiquei de frente para ele, levantei o rosto e disse.

-Eu realmente lamento ter sido desagradável contigo, mas eu nem sempre fui assim. Sabes custa admitir que tenho medo de me relacionar com as pessoas porque elas são más e falsas. Se eu te contar o porquê de eu estar num orfanato tu desculpas-me por ter sido rude? E não fazes piadas maldosas?- eu estava cheia de medo, acho que se notava na minha voz, eu nunca contei isto para ninguém, mas quando as pessoas ficavam a saber faziam piadas muito más e eu ouvia cada uma delas como se me dessem murros no estomago.
Mas...ele não parece esse tipo de pessoa.

Sophie

Ajudei as meninas com as malas e descobri que também eram do Grupo 1, o mesmo que o meu.
Antes de me despedir delas, após ajudar com as malas, ressaltei:
- Que legal, vocês são do mesmo grupo que eu... Tomara que sejamos boas amigas! - Sorri. Logo em seguida já as tinha ajudado com as malas e entrei no meu próprio quarto.

Última modificação feita por BBrends (21-07-2014, às 21h04)

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Ah poarr, por quê que as mulheres são criaturas tão difíceis de lidar?. Foi o que pensou enquanto levava uma das mãos até a face, fazendo o tradicional e conhecido por todos, facepalm; Uma das coisas que ele fazia muito bem e com muito frequência, principalmente quando interpretavam suas frases da maneira errada. Continuou -Creio que você seja boa, apenas quero ver com meus próprios olhos. Perdoe este velho espirito brigão- Comentou vagamente continuando a andar. De repente foi surpreendido pela mesma ao agarrar seu braço fazendo com que ele para-se, arqueou uma das sobrancelhas com a face tomada por uma dúvida do que ela estava prestes a dizer ou fazer. E enquanto ela ia falando sua expressão foi suavizando pouco a pouco, entendendo o que ela dizia.
   Merda. Convenhamos que Derick não era a melhor pessoa no mundo ou se quer sabia o que dizer em situações desta sem ser um tanto rude, mas tentava, na medida do possível. Ficou um tempo em silêncio pensando nas palavras que poderiam calhar bem -Humm...Pode ter certeza que já escutei "adjetivos" e fui tratado bem "melhor que isto", não se preocupe.- A frase era carregada de ironia quanto os "adjetivos", e com certeza ela entendeu o que ele quis dizer e continuou -Bem, então creio que temos um trato aqui e eu nunca me atreveria a fazer piadas de mal gosto, pode confiar em mim - Pousou uma de suas mãos na cabeça dela, dando um breve sorriso. Para falar a verdade ele já havia aceito as desculpas dela, mas se aproveitou ligeiramente para saber o que houve, qual o motivo dela ter ido para o orfanato.

É tão doloroso contar o que aconteceu.
Mesmo assim...olhei nos olhos dele e comecei.
- Eu era uma rapariga tímida, reservada, quando me insultavam eu simplesmente fazia de conta que não ouvia e quando chegava a casa chorava sozinha no meu quarto. Eu vivia com os meus pais, nós éramos felizes, bem...eu pensava que sim.
Na manhã em que fazia 10 anos acordei num lugar estranho ao que depois vim a descobrir ser um orfanato. As donas contaram-me que me encontraram deitada à porta do orfanato, eles abandonaram-me como se eu fosse um animal. Quando as pessoas descobriam a minha história diziam-me coisas do género "deves ser uma pessoa horrível porque até os teus pais te abandonaram ". A partir daí decidi ser a rufia, ninguém me falava tal como eu queria,  no orfanato era igual tratava mal todos. Estar sozinha foi uma realidade a que me habituei.
  Bom é isto!- olhei para ele e sorri limpando as lágrimas, Uau isto foi doloroso.

Mas eu não sou fraca!!!

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  O rapaz podia ter toda aquela pose séria e desleixada, porém no fundo sentia-se abatido pela história dela. Como aquilo? Como os pais poderiam ter simplesmente largado um filho cujo cuidaram desde o nascimento? Inacreditável, mas também não possuía uma bela história familiar, uma vez que sua mãe deixou o pequeno bebê e o ex-marido a Deus dará. Aquilo lhe dava tanta raiva. Respirou fundo tentando mandar tais pensamentos para longe e voltou a prestar atenção na garota.
  -Er..- interrompeu a frase com uma tossida tanto forcada -Bem, você já tentou ver o outro lado da moeda? Digo. E se seus pais na verdade apenas te deixaram lá para ter uma vida melhor? Afinal nunca sabemos o que pode acontecer no dia de amanhã e eles podiam estar passando por dificuldades - comentou seguro se si, seguro de sua resposta, por mais que não soubesse o real significado pelo qual ela foi deixada ali. Continuou -Não sei ao certo o que te dizer. Digamos que eu também não tenha lá boas experiencias com "pais" - entortou severamente os lábios para dizer pais, na verdade as palavras continham até um tanto de desgosto em seus significado para Derick.

Dei uma risada visivelmente falsa.
-Dinheiro nunca foi um problema na minha família. Eles abandonaram porque quiseram. Mas tudo bem, eu já superei isso. Mas dói sempre um pouco o facto de nunca ter recebido uma chamada no aniversário, um presente no Natal, ninguém que dissesse "ei, vai ficar tudo bem" e acima de tudo dói nunca nenhum familiar me ter contactado, nem meu avô. Mas eu superei...eu acho.

Estou feliz pelo facto dele não ter sido mau comigo mas...parece que ele também não teve uma vida cor de rosa.

-Hum..sabes...humm..eu não me queria meter na tua vida, nem ser inoportuna, mas...O que aconteceu com os teus pais?
Se quiseres podes não contar, estás no teu direito.- disse meio sem jeito

Última modificação feita por maggy148 (22-07-2014, às 20h20)

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-Bem, então realmente não sei o que dizer sobre seus pais, sobre toda a situação uma vez que o dinheiro não era problema - deu um riso sem graça ouvindo aquilo. Era engraçado até eles terem dinheiro e simplesmente largarem a filha em um orfanato. Vai saber o que se passa na mente das pessoas certas horas. Continuou sua caminhada deixando o silêncio pairar sobre eles por um bom tempo, até que a mesma resolveu se pronunciar, lhe perguntando sobre o que havia acontecido os pais. Era difícil achar boas palavras para se referir a eles, principalmente quando só queria difamar.
Deu ombros com a face tanto fechada -Tanto faz falar, afinal não ligo muito - ou era isto que tentava fazer, não ligar para o ocorrido. Continuou -Aquela va..pessoa que eu deveria chamar de mãe, largou a mim e ao meu pai assim que nasci, não é culpa minha se a gania chama mais alto algumas pessoas. E meu pai, aos desseis anos achou que era melhor me emancipar, no fundo só não queria um fardo a mais para carregar na vida - comentou com desgosto tudo o que falou, entretanto não ligava de compartilhar tais coisas. Respirou fundo -Essas coisas me irritam, mas veja pelo lado bom, estamos na nossa nova moradia - parou de caminhar olhando a construção bem mais de perto.

Me desculpe a demora, mas meu computador está realmente ruim e.e preciso até ver o que é

Driope não há problema ^^

Eu não imaginava que ele tinha uma história assim. Apetece-me abraça-lo porque ele deve estar a passar mal agora depois de ter contado.
Não Mia, nada de abraços, tens que deixar essa mania de abraçar as pessoas quando estão tristes.

- Lado bom?! Sim, acho que vou ter que começar a ver as coisas mais por esse lado.- suspirei ao olhar a construção bem na frente. Então uma pergunta surgiu

-Vieste sozinho para aqui?- perguntei

Última modificação feita por maggy148 (25-07-2014, às 07h31)

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